O motorista de aplicativo Leonardo de Cól Beatrici, que foi acusado de xingar e agredir uma professora durante viagem a Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, foi absolvido pela Justiça. A decisão foi publicada na última quinta-feira (24), pelo juiz Sergio Bernardinetti.
A denúncia aconteceu em abril deste ano. Na ocasião, a professora Dayane Padilha disse que chamou o carro para levar mantimentos para um território indígena da Região Metropolitana.
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Segundo ela, que publicou vídeo sobre o ocorrido, a confusão começou porque o GPS não teria indicado o local exato do território indígena e o motorista teria se recusado a seguir a viagem para não estragar o carro. De acordo com a denúncia, Cól teria reclamado ainda que aquela era a “rua do presídio” e chamado Dayane de “índia piranha”.
Para o magistrado, a vítima “provocou a situação e o confronto”, não deixando a Cól outra alternativa senão agir para defender o carro.
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“Desse modo, provas produzidas no processo não apontam para a tipicidade, ilicitude e antinormatividade da conduta, e, para fins de prolação de uma decisão condenatória, não basta a probabilidade, é preciso que a prova seja cabal e segura acerca da ocorrência do delito nos moldes contidos na denúncia, o que, nos presentes autos, não ocorreu. Não há certeza de que o acusado estaria praticando o delito de lesões corporais contido na denúncia; o revés, há provas contundentes de que agiu sob o manto da legítima defesa patrimonial”, justifica Bernardinetti.
O juiz ainda negou condenação por injúria racial. Segundo ele, as ofensas foram “recíprocas” e não atingiu a imagem em razão da etnia e raça.
A Reportagem procurou Dayane e em nota os advogados representantes da Dayana informaram quem a professora é vítima de ofensas de cunho racial, de classe e agressões físicas injustificadas e que não concordam com os fundamentos utilizados para absolver o motorista e que irão recorrer da decisão em instâncias superiores. Leia a nota na íntegra.
Nesta segunda-feira, dia 28 de novembro, o juízo da Vara Criminal de Piraquara absolveu o motorista do aplicativo 99 das acusações de lesão corporal e injúria racial praticados contra a pessoa de Dayane, professora da rede estadual de ensino.
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Nós, advogados representantes da Dayane, professora da rede estadual de ensino, indiscutivelmente vítima de ofensas de cunho racial, de classe e agressões físicas injustificadas, que fique claro, não concordamos com os fundamentos utilizados na sentença para absolver o motorista.
Informamos que iremos recorrer da decisão nas instâncias superiores, conforme permite o direito Pátrio, para garantir que a justiça seja concretizada pela Dayane e pelas vítimas recorrentes desse tipo de violência.
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