terça-feira, 8 de junho de 2021

Policiais Penais do Paraná fecharam o Complexo Penitenciário do Estado

Policiais penais do Paraná fecharam na manhã desta terça-feira (8) o maior complexo penitenciário do estado, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A ação faz parte da série de protestos que cobra do governo estadual direitos trabalhistas da classe. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais do Penais do Paraná (Sindarspen), Ricardo Miranda, somente os serviços considerados essenciais para a segurança do presídio serão mantidos no complexo. “Vamos fazer mobilizações padrões em todos os complexos do Paraná. Mantendo serviço de alimentação, contagem e retirada de presos para atendimento médico”, comenta. Segundo Miranda, já são cinco anos sem reposição de inflação e três anos sem o pagamento de reposição. “Temos todos os argumentos para essa luta. Precisamos da categoria forte e unida”, finaliza. 

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Ainda de acordo com o Sindarspen, os policiais penais integram o Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE), em que promoções só acontecem a cada dez anos. O sindicato da categoria diz que 30% já atingiu o tempo em 2018, mas até o momento o Governo do Paraná não implantou o direito. Os policiais penais também reivindicam a implantação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) condizente ao trabalho fundamental que exercem na segurança pública e fazendo justiça às funções que exercem no sistema.

Secretaria de Estado da Segurança Pública divulgou pela assessoria de imprensa, e relatou que as manifestações não comprometeram o funcionamento e a rotina nas unidades prisionais. Leia a nota:

Canal O Piraquarense
“A Secretaria de Estado da Segurança Pública esclarece que foi informada pelo Departamento penitenciário sobre um protesto pacífico de um grupo de agentes penitenciários em frente ao Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta terça-feira (8). Outras três unidades do Departamento Penitenciário do Estado também registraram movimento similar.

De acordo com informações do Departamento Penitenciário, a manifestação não alterou e nem comprometeu a rotina das unidades penais do Estado, as quais continuam em pleno funcionamento, tanto nas atividades rotineiras, quanto jurídicas. 

A SESP esclarece que tem estudado e buscado melhorias para o sistema prisional e diversos pleitos da categoria tem sido atendidos. A exemplo da criação da polícia penal (que está na assembleia para votação) e dos trâmites (quase finalizados) para o chamamento de mais 848 Guardas Temporários Prisionais. Além disso, diversas obras e reformas de cadeias públicas e penitenciárias estão em andamento (três já entregues – em Foz do Iguaçu, Campo Mourão e em Piraquara) e estão sendo feitas transferências de presos de carceragens da Polícia Civil para o Departamento (que deve ser concluído neste mês).”

Em todo o Paraná, as unidades prisionais amanheceram com faixas em seus portões, relacionando as principais reivindicações dos policiais penais. 

RIC Mais

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