quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Inverno deste ano é o segundo mais seco do milênio

Situação fez nível dos reservatórios cair, mas situação está dentro da normalidade, segundo Sanepar e Copel

O inverno deste ano está sendo um dos mais secos da história de Curitiba e Região. Pela medição da estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na Capital, desde o início da estação mais fria do ano foi registrado um acumulado de chuva de apenas 30,2 milímetros na cidade. O valor é o segundo mais baixo para o período desde 2000, ficando atrás apenas do ano passado.

De acordo com os dados do Inmet, entre 21 de junho e 13 de agosto, um período de 54 dias, em apenas seis datas houve a ocorrência de chuva. Em 27 de junho foi registrado maior acumulado de precipitação, com 23,4 milímetros (o equivalente a 77,5% do total registrado no Período. Já em outros três dias (23 de junho, 05 de julho e 09 de agosto) o valor não chegou nem a 0,5 milímetros, o que, segundo o Climatempo, nem chega a ser considerado chuva, mas apenas chuvisco.

Em 2017, quando foi registrado o “recorde de secura” para as primeiras semanas de chuva, a precipitação acumulada em Curitiba foi de 15,9 milímetros, praticamente metade do valor verificado neste ano. Contudo, em 10 dias da estação passada verificou-se a ocorrência de chuva na Capital.

Nível dos reservatórios cai, mas situação ainda é tranquila

Por conta do clima seco, o nível dos quatro grandes reservatórios de água que abastecem a região (Piraquara I, Piraquara II, represa do Passaúna e do Iraí) teve queda no último mês, passando de 83% (valor verificado em 18 de julho) para 76,38% de sua capacidade. Ainda assim, segundo a Sanepar, o nível de água estaria dentro de uma situação de normalidade no abastecimento, com o volume das barragens em operação sendo suficiente para atender a demanda da Capital e de cidades vizinhas até o final do ano, mesmo que não chova mais durante o segundo semestre inteiro.

Já em nos reservatórios localizados ao longo do Rio Iguaçu, utilizados pela Copel para a produção de energia, os níveis estão mais baixos. Em Foz do Areia, por exemplo, o volume útil está em 22,46%; em Salto Caxias, 28,13%; em Salto Santiago, 30,88%; Segredo, 39,13%; e Salto Osório, 88,58%. Em 18 de julho, os níveis dos reservatórios eram os seguintes, respectivamente: 43%, 56%, 41%, 44% e 90%.

A Copel, contudo, destaca que a situação é normal se considerado que enfrentamos um inverno seco, marcado por um longo período com chuvas baixo da média. A Companhia ainda destacou que algumas usinas tiveram redução na produção de energia em determinados períodos, mas nada fora da normalidade para a época.

“É importante ressaltar que o sistema elétrico brasileiro é interligado, o que permite o intercâmbio de energia entre diferentes regiões ao longo do ano. A diversidade de regimes de chuvas no território brasileiro possibilita transferir a energia gerada em locais com reservatórios cheios para regiões que se encontram em estiagem. Quem coordena essa geração é o Operador Nacional do Sistema”, explicou a empresa de energia elétrica por meio de nota.

Defesa Civil de São José dos Pinhais pede economia de água

Desde o último final de semana, a Defesa Civil de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), tem orientado a população quanto ao consumo de água neste período de escassez de chuva, a fim de evitar problemas de abastecimento e de saúde e garantir a disponibilidade de recursos hídricos para consumo de todos os cidadãos.

Um dos fatores que gera preocupação é o aumento da incidência de doenças respiratórios, como rinite alérgica e asma, além de problemas na pele, nos olhos e sangramento nasal. As principais recomendações é para que a população aumente a hidratação, ingerindo mais água, suco natural e água de coco, além de fazer refeições leves com muitas frutas e legumes. Como as peles e os lábios também podem sofrer por conta da baixa umidade, o uso de hidratantes também ajuda.

Baixa umidade do ar deixa a Capital em estado de atenção
De acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), Curitiba ficou em estado de atenção por conta da umidade relativa do ar, que na tarde de ontem chegou a estar em apenas 27%. Abaixo dos 20% entra-se no estado de alerta e se o valor cair para menos de 12%, no de emergência.

A baixa umidade do ar traz efeitos prejudiciais à saúde e quanto mais baixo for o valor, mais o corpo sente desconforto. Em situações assim, a principal recomendação é ingerir bastante água, mantendo-se hidratado ao longo do dia para reduzir o desconforto e evitar problemas de saúde. Já se a umidade cair a níveis de alerta, é necessário evitar atividades físicas. As vias aéreas e os olhos também podem sofrer por conta da falta de umidade.

Fonte Bem Paraná ATUALIZADO EM 15/08/2018 ÀS 12:58 por Rodolfo Luis Kowalski

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